sábado, 24 de abril de 2010

A Mentira


Ah, a mentira!
Companheira nas noites sombrias!
Falso conforto das almas vazias!
Amiga de todas as formas de vilania!

Feia e fria
Suja, esfarrapada
E ladina!

Ou elegante e bonita
Esbelta, perfumada
E altiva!

Não importa o formato
Nem mesmo o motivo!
És tu, ignóbil e traiçoeira
Mentira!

Mas, o que será a mentira?
Será a cobra que morde aos incautos e crédulos?
Um agravante a um fato muitas vezes pequeno?
Ou a prorrogação frustrada de um pecado mortal?

Oh, Mentirosos!
Se acham piedosos na vã tentativa
De evitar uma desnecessária agonia
Mas não passam de egoístas
Sem coragem de enfrentar sua própria perfídia!
Não mentem para nós, mas para si
Para acalmar sua própria consciência ferida!

No que é verdadeiro, não há lugar para a mentira!